O manejo das espécies nativas,
investimento nas reflorestadas e pesquisas sobre tecnologias inovadoras
propiciam o uso inteligente da madeira, indispensável à construção.
Vem de longa data a relação conflituosa
do brasileiro com a madeira. Da febre do descobrimento que quase deu fim ao
pau-brasil até hoje, cinco séculos se passaram e ainda não alcançamos a
maturidade para lidar com esse precioso recurso natural.
De dez anos para cá, esse cenário
vem se transformando, a cultura extrativista inconsequente perdeu espaço para o
manejo planejado, para o cultivo de espécies de reflorestamento e até mesmo
para tecnologias inovadoras que deram origem a uma nova categoria de
matéria-prima, a madeira laminada colada, que rapidamente se tornou a preferida
de muitos arquitetos pelas possibilidades construtivas que oferece.
O nosso país sempre possuiu árvores
em abundância, contribuindo para a pouca valorização do material. Mas hoje isso
está mudando, pois já está sendo desenvolvido na cultura do brasileiro de que
erguer casas seguras e duradouras poder ser mais rápido e ecologicamente
correto, quando utilizamos madeiras de manejo.
Você sabia que:
- · Apenas 67% da produção madeireira amazônica é legal;
- · 68,2% da área total de plantio de reflorestamento destinam-se ao eucalipto;
- · O Brasil possui 6,68 milhões de hectares certificados na modalidade de manejo florestal entre áreas de florestas nativas e plantadas.
Precisamos ficar de olho na origem,
pois quem compra madeira nativa precisa exigir o Documento de Origem Florestal
– DOF, atestado criado pelo IBAMA que permite rastrear a fonte do material. Só
assim se tem a segurança de que a árvore foi cortada em reserva legalizada, com
controle sobre cada unidade e o volume total tombado. O DOF não é certificação,
ele é o mínimo exigido por lei. Quando formos comprar madeira devemos pedir o
detalhamento da compra na nota fiscal, com nome da espécie, dimensões e volume
adquirido e nunca aceitar madeira mista, que facilita a descaracterização do
produto.
Fique de olho!
Artigo feito a partir de reportagem da Revista Arquitetura e Construção
Edição: out/2012
Edição: out/2012
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