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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

CONTER O RISCO AMBIENTAL

VAZ DE LIMA E JOSÉ AUGUSTO GUILHON ALBUQUERQUE


As dimensões das mais recentes catástrofes (enchentes) no Brasil trazem um alerta que já não pode ser ignorado.

O fator comum nesses desastres é a urbanização desequilibrada, que obstrui o escoamento e assoreia os cursos d’água, com efeitos crescentemente fatais. E a destinação irregular de resíduos sólidos urbanos – do lixo doméstico e comercial e da varrição de ruas e poda de árvores – é um fator agravante, quase sempre presente e muitas vezes único dessas catástrofes.

Isso representa 200 mil toneladas diárias no país, sem contar resíduos industriais e hospitalares.

Os lixões estão felizmente proibidos, e os aterros sanitários tornaram-se inviáveis pelo seu custo e pela rejeição da população diretamente afetada. Já não é possível esquecer o lixo ou escondê-lo, é preciso transformá-lo em não lixo, e as possibilidades são muitas, mas não igualmente eficientes e viáveis.

Se pudéssemos adiar indefinidamente a contenção dos enormes riscos representados pela destinação irregular de resíduos sólidos, poderíamos buscar uma solução ideal e moralmente atraente.

Mas o exemplo da catástrofe fluminense prova que soluções de longo prazo precisam ser precedidas de medidas imediatas. A coleta seletiva é incipiente, o que torna a reciclagem modesta exceção: apenas 9% do lixo urbano é reciclado.

Isso significa que mais de 90% das famílias brasileiras não separam o lixo para reciclagem, evidenciando que uma mudança de atitude da população depende de uma mudança cultural, lenta e imprevisível. Portanto, a redução voluntária dos resíduos por meio de abolição de sacolas, por exemplo, assim como a separação para coleta seletiva, só são viáveis em longo prazo.

A única solução viável a prazo relativamente curto, com tecnologia testada e sem maiores impactos ambientais, é converter o lixo urbano em insumo industrial para a produção de energia elétrica, por meio de incineração.

A discussão ampla e transparente de uma solução rápida, viável e racional para conter os riscos causados pela destinação irregular e irresponsável dos resíduos sólidos urbanos torna-se tarefa para hoje. É necessário que comecemos a fazer nossa parte e contribuindo para a limpeza da cidade, a qualidade de vida e o Meio Ambiente.

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